F*ck the rest, let's rock n' blood!

Já era tarde, o vento frio batia no meu rosto apreensivo, onde estavam as garotas?
Eu havia marcado de encontrar elas perto da avenida há uma hora, mas nem ao menos parecia que elas haviam passado por aqui, eu sabia que ele estava me seguindo, precisava ser rápida, eu iria pegar o dinheiro com elas e dar o fora dali o mais rápido possível, depois de tanta espera resolvi ligar pra uma delas.

- Merda... Ta sem sinal! Cadê aquelas idiotas?

Nunca fui uma santa, e isso ficou bem claro com o tempo, comecei nova o meu próprio negocio, precisava de dinheiro rápido sem muito esforço, porem acabei entrando nisso mais para poder me opor a minha família do que realmente pelo dinheiro, eu era boa em convencer as pessoas a fazer o que eu queria, e foi ai que eu conheci as garotas e montei meu próprio negocio, eu sei que meu trabalho não é digno, mas no final das contas eu era uma das melhores no ramo, estão pensando que eu era uma prostituta qualquer ? não meus queridos eu era uma das melhores caftinas de alto luxo da cidade.

Perdida em meus pensamentos não reparei a chegada dele, fazia mais de um mês que eu me escondia como um rato por causa dele, resolvi que deveria enfrentá-lo de uma vez, já não agüentava mais fugir sem rumo por ai.

- o que você quer comigo? Já não lhe bastou tirar meus irmãos de mim!

- eu não tirei nada de ninguém, tente entender que era algo inevitável, você não pode fugir de algo que esta no seu sangue, e você sabe que também faz parte disso.

- eu não faço parte de nada! Eu não vou deixar que me transforme num de vocês, não quero ser uma aberração...

- essa já é a terceira cidade que você foge, eu poderia te marcar e largá-la por ai, mas quero que essa decisão seja sua.

- por que simplesmente não pode me deixar em paz?

- por que foste escolhida pela deusa, e isso te torna especial.

Em um movimento rápido ele se aproximou de mim, dessa vez não havia como escapar.

Não era a primeira vez que eu via essa cena, meus irmãos haviam sido marcados e eu não os via a mais de seis anos, hoje em dia eles já devem ser o que chamam de vampiros adultos, meus pais mudaram de estado após isso, tamanha a vergonha que sentiram dos meus irmãos, ninguém gostaria de ter filhos vampiros e isso não foi diferente na minha família.

Senti como se minha testa fosse pegar fogo, naquele momento eu sabia que havia sido marcada, horas depois acordei em uma enfermaria, com uma doce mulher olhando pra mim e me perguntando se estava bem, logo ela me explicou que eu estava na house of night e que lá era meu novo lar, pacientemente em meio as minhas lagrimas ela me explicava as regras de lá, e que essa seria a chance de um recomeço, e me contou como eu havia sido abençoada pela deusa, aos poucos fui me acalmando e aceitando a minha nova condição.

- qual o seu nome ?

- meu nome é kasandra, sou a alta sacerdotisa dessa house of night, e você qual o seu novo nome?

Se fosse pra recomeçar eu deveria escolher um novo nome, mas queria algo que me lembra-se o meu passado sem me sentir presa a ele, então me lembrei de uma ex-caftina de luxo de New York muito famosa que sempre me inspirou, resolvi adotar seu codinome.

- meu nome é Mayflower, Mayflower Madam!

O_O mto perfeito, e diz que escreve mal, escreve muito bem

Concordo plenamente *-*

Está lindo .-.

obrigada

se não fosse por vcs duas talvez eu nem tivesse escrito

valeu pela ajuda!

Sempre às ordens (;

Sempre às ordens (; [2]

Ta lindo Kaa ^^
Vc tem um geitao ^^
Amei *-*

não sei ... quero q minha historia tome rumos diferentes
não quero me prender na historia de vcs ....
e tbm um terceiro ponto de vista fikaria desnecesario e tals .....


Obs: ainda hoje posto o segundo cap

não postou, tudo bem eu espero hoje ^^ , 3 POV fica complicado, tbm pq ela ia ter de se prender na historia na sua historia com a Nyx, continua na sua maneira, com personagens reais irreais e etc =D

puts seria legal uma historia do vampiro rastreador né? */olha eu atravessando o topico!! Kaa continua

Cap 2

Como pérolas

Já havia aceitado o fato que de agora em diante eu tinha me tornado uma vampira, mesmo que isso ainda me soasse estranho, minha testa ainda tinha um leve ardor, passei levemente a mão onde agora havia uma meia lua, enquanto fazia isso Kasandra me olhava com curiosidade.

- você por acaso chegou a ver sua marca?

- não, por quê? Há algo de errado com ela?

- eu não diria errado... mas que é inusitada.

Prontamente me levantei de onde estava e me dirigi até um grande espelho localizado na enfermaria, me assustei ao olhar para o espelho, ao invés de marcas safira como de todo vampiro, haviam marcas peroladas que cintilavam de acordo com a luz, olhando mais de perto percebi que a meia lua não era a única marca em meu corpo, do lado esquerdo no caminho do meu pescoço até o começo da minha bochecha haviam suaves linhas peroladas q terminavam em espirais.

- isso é normal?

- não, nunca vi uma marca perolada em anos de minha existência de alta sacerdotisa, talvez nyx tenha planos para você Mayflower.

Enquanto conversávamos sobre minha marca, percebemos alguém com tom elevado reclamando de algo, a principio não reconheci a voz, mas após alguns segundos percebi que era meu pai, logo que o reconheci ele entrou marchando pela porta da enfermaria junto com minha mãe.

- eu não acredito que estamos passando por isso pela terceira vez, é humilhante! Humilhante!

- Pai? Mãe? O que vocês estão fazendo aqui?

- viemos trazer suas coisas filha...

- ela não é minha filha! não sou pai de aberrações !

Logo após o que ele disse, ele deu um tapa em meu rosto, senti como se o ar em volta de mim tivesse sumido, como meu pai pode fazer isso comigo? Afinal de contas a culpa não era minha, eu tentei ao Maximo evitar isso.

- estou esperando no carro, não vou me prestar a essa cena humilhante novamente.

- não fique triste querida, ele apenas esta nervoso por ter acontecido novamente, é uma pena que você tenha se tornado isso, você era nossa ultima esperança, já levaram suas coisas pro quarto, tenho que ir, adeus.

Fiquei parada alguns segundos sem mencionar uma palavra enquanto via-os indo embora, porem Kasandra tratou logo de me levar até meu quarto para que eu me acomodasse.

- trate de descansar, amanhã você começa as aulas, vou deixar seu horário com você, daqui a pouco sua colega de quarto chega, qualquer duvida pergunte a ela ou pode procurar por mim.

- tudo bem, acho que vou tomar um banho, já que não vou começar as aulas hoje, posso andar pra conhecer a escola?

- claro, não só pode como deve, porem espere sua colega de quarto chegar pra que ela te mostre, não quero que se perca pela escola.

Após a ida de Kasandra, arrumei meus pertences e fui direto pro banho, enquanto a água fria caia em meu corpo, a realidade a minha volta, ou seja, essa nova vida, me enchia de incertezas, afinal de contas nem como vampira eu conseguia ser normal, o que essas marcas significavam? Como eu iria começar uma vida inteira do zero? Aos poucos fui deixando a água levar as incertezas, terminei o banho e fui me trocar, logo em seguida a porta se abriu.

Cap. 3

O cessar da vida


Ela não era tudo aquilo que eu esperava, sempre imaginei vampiros como seres mais brutais, no caso dela eu só vi uma garota de beleza media com roupas indianas, e foi assim minha primeira visão da minha colega de quarto.

- Oi ! você deve ser a Mayflower ! Kasandra me avisou que você iria chegar.

- Sim, sou eu! e você seria ...

- Lunali, sua mais nova colega... nossa! sua marca!

- Eu sei... ela é “diferente”.

- Nunca tinha visto nada igual, o que você fez pra conseguir isso?

- Também gostaria de saber, você pode me mostrar a escola?

- Claro que sim! então quer dizer que ela ficou assim do nada?

Enquanto Lunali me enchia de perguntas sobre minha marca, ela foi me mostrando aos poucos a escola toda,
Conheci a salas de musica, teatro, sociologia, dança, trabalhos manuais, artes marciais e esportes variados.
Tudo era diferente naquele lugar, as aulas eram totalmente diferentes das que eu tinha em outras escolas, foi quando uma das alunas passou gritando entre lagrimas por nós.

- Morreu! ela está morta ! ela esta boiando naquele lago maldito.....

Ao ouvir aquilo Lunali me guiou rapidamente até o lago para vermos o que estava acontecendo, ao chegarmos nos deparamos com algo que pensei que não fosse possível, uma vampira morta boiando no lago como se estivesse dormindo, foi a primeira vez que me deparei com esta cena, e não foi por causa da mudança que ela morreu, ela estava com uma aparência horrível e com seu coração perfurado, porem a arma do crime não foi deixada em seu coração e sim um bilhete enfiado em seu peito. Kasandra logo chegou e afastou os alunos da cena do crime.

- Não quero ninguém perto do lago até segunda ordem! voltem as suas aulas que nós resolveremos isso!

Olhei assustada para a cena, mas ao caminhar de volta, observei um grupo de alunos muito bonitos, tanto garotas como garotas, pode-se dizer que eram impecáveis e no meio deles havia um garoto com feições delicadas e pele branca como mármore onde se podia ver suas veias, seus cabelos eram levemente ondulados formando cachos nas pontas e se vestia com um estilo aristocrata das antigas porem com toques de modernidade, foi quando percebi que sua marca era de um azul mais escuro que o normal porem nada tão atenuante, ele também estava me observando e seu olhar era de curiosidade.

- Quem são aquelas pessoas Lunali ?

-Eles são a nata da house of night, as filhas das trevas, entrar no grupo deles pode ser ruim ou maravilhoso depende muito do que se pensa sobre eles.

- Hum... Kasandra me falou sobre as filhas das trevas quando cheguei, mas qual o seu veredicto?

- Sou da opinião que não vale apena...

Após isso voltamos em silencio para o quarto, parecia que uma barreira havia crescido entre nós depois que lhe perguntei sobre as filhas das trevas, algo havia acontecido a Lunali, isso eu deduzi logo de cara quando toquei no assunto, não sabia o que era porem queria muito descobri, pois sabia que se eu perguntasse, ela não me responderia, então após nos deitarmos eu repassei aquele dia tão estranho, que na verdade era noite, outra coisa na qual com o tempo eu devia me acostumar, logo cai no sono, só acordei perto do anoitecer quando seria meu primeiro dia de aula.

Nem acredito que perdi um capitulo
Mas ja recupere e esta a ficar maravihosa
Continue querida (:

é q eu num tava muito inspirada ...

Cap 4

Seus olhos

Era noite, a lua cheia refletia na água transparente, a onde eu estava? Ouvi passos, logo aqueles passos formavam um leve ondular no lago, lago? Sim o lago da escola! Mas quem era o homem que andava no lago?
A lua não iluminava seu rosto, de repente a cena foi se desmanchando como fumaça.
Lunali me chacoalhava entre gritos.

- Mayflower acorda! Acorda! Vai perder as aulas!

- Que? Mas nem ta claro ainda, só mais 5 minutinhos....

- Não tá claro, e nem vai ficar! Acorda, você ta na house of night! Mayflower levanta!

- Nossa! Verdade! Ainda não me acostumei, espera que eu vou com você, aonde mesmo que eu deixei meu horário?

- Na estante...

Cinco minutos depois...

- To pronta, vamos! Espera ai! Pra onde mesmo que eu tenho que ir?

- Mayflower você tem que ver isso no seu horário.

- Ah é mesmo... Bom deixa eu ver...aqui diz que é... dança!

- Ta bom, mas que tipo de dança? Aqui temos 4 tipos de dança : street, balé, jazz e contemporânea.

- aqui não esta escrito nada...

- Então é bem provável que eles te digam na hora.

Andamos até as salas de dança, fiquei feliz que ela também tivesse dança no mesmo horário, Lunali fazia balé, logo se juntou a sua turma e dançou graciosamente conforme a musica, me perguntei se algum dia dançaria assim, o instrutor se aproximou de mim com um olhar avaliativo.

- A senhorita dança alguma coisa?

- Não senhor...

Ele levantou uma das sobrancelhas com olhar reprovador, enquanto avaliava meu porte físico.

- Com certeza balé não daria certo, isso nos deixa street, jazz e contemporânea.

- Eu prefiro fazer...

- Contemporânea! Claro como não pensei isso antes! Vou te encaminhar até o professor.

Mal tive tempo de assimilar a informação e já estava na sala de dança contemporânea, conhecendo o professor.

- Olá, meu nome é Yvan, sou seu professor de dança.

- Prazer, mas acho que eu não sei dançar muito bem.

- Bobagem... Estamos aqui pra aprender!

Eu confesso que achei a dança meio estranha, mas depois fui gostando, apesar de que do nada o povo se jogava no chão e rolava feito pau de macarrão, mesmo assim achei até meio divertida a aula, pena que quando ela acabou eu percebi que meu corpo todo doía, isso por que eu era nova e pegaram leve comigo, imagine depois, já estava visualizando o tamanho dos hematomas.

Foram muitas as aulas, até que enfim chegou a ultima aula, a aula de musica, sentei perto de um palco no qual estavam vários instrumentos em cima, porem na maior organização possível, a professora de musica se chamava Núbia, era muito exigente beirando ao perfeccionismo, o jeito dela me assustou, mas logo ela perguntou se eu tocava algum instrumento e eu disse que tocava violino, ela ficou satisfeita com a resposta e me deu um violino para que tocasse pra ela, optei por um minueto de Bach, algo simples porem eficaz, ela pareceu aprovar. Ela chamou alguém para acompanhar no piano, pois dizia querer ver minha capacidade com acompanhamento, era um garoto, estava de costas, porem logo notei quem era, era o garoto de ontem, ela o chamava por Luar, pronto agora sabia seu nome, em meio aos meus devaneios escutei ele me chamar.

- Prazer, eu sou Luar, você deve ser Mayflower.

- Sim...

- Bonita sua marca.

- Obrigada, a sua também.

- Vamos começar?

- Claro!

Tocamos uma musica juntos,quando eu errava ela voltava pra me acompanhar,ele foi muito cortez comigo, porem todas as vezes que eu olha em seus olhos eu via um vazio, e eu já vira aquele vazio antes, porem nos olhos de outra pessoa, nos olhos de Lunali, quando lhe perguntei sobre as filhas das trevas.

Perfeitaa *.*

isso é algum tipo de vingança só pq flei q tu fazia cap curtos ?

esse foi o cap mais longo que eu já fiz .....
(deu um puta trabalho ok)

Gente, eu tmbm fasso capitulos pequenininhos.

Cap. 5

Traição

Passei o dia todo pensando se Lunali e Luar tinham alguma relação um com o outro, o olhar vazio dos dois era muito parecido para se fazer vista grossa, por que aquilo me incomodava tanto? Eu não era nada dele, e não tinha nada que ficar me metendo na vida de Lunali, e se os dois tivessem sido namorados? Daí eu poderia entender o ressentimento de Lunali com as filhas das trevas, ai droga, eu não devia pensar sobre essas coisas, isso não vai me levar a nada.

- Mayflower, venha até aqui, tenho novidades!

Era Kasandra que estava me chamando, em passos leves ela veio até mim e me levou até o lugar onde se recebiam as correspondências.

- Por que me trouxe até aqui?

- Por que algo muito especial chegou pra você!

- Especial? Quem iria me mandar alguma coisa? Meus pais nunca mandaram correspondência depois que meus irmãos...

- Vamos pegue logo a carta.

- Não me diga que foram meus irmãos... eu não os vejo a anos ... não pode ser !

Cuidadosamente abri a carta, logo fiquei chocada, era uma carta de minha irmã me desejando boa sorte agora que tinha sido marcada e que sentia muita saudade, afinal de contas fazia anos que não me via, ela contava que agora ela era uma sacerdotisa em uma house of night e que esta muito feliz com a benção que nyx havia lhe dado e que seu novo nome era Corynne, e que ela nunca havia encontrado nosso irmão, pois ele foi marcado em outro ano e mandado pra outra house of night e por ele ter mudado de nome ela nunca o encontrou, isso me entristeceu, o que será que havia acontecido com nosso irmão? A carta me deixou radiante fazia anos que não pensava nos meus irmãos, como será que eles ficaram com o passar dos anos? Minha curiosidade aumentava a cada minuto, então persebi que não havia comido nada desde que cheguei, resolvi ir até o refeitório comer algo, ao chegar me deparei com Luar me encarando de longe, avistei Lunali e fui me sentar com ela e outros garotos que estavam a sua volta.

- Nossa você por aqui? Pensei que sobrevivia de vento...

- Há há há... Muito engraçadinha você!

- Então, deixa eu te apresentar os meus meninos!

Lunali me apresentou cada um dos três garotos que estavam sentados com ela, o primeiro se chamava Lichart parecia o bom gosto em pessoa se vestia com as roupas de marca mais caras e estava muito bem vestido.

- E ai como vai essa senhorita maravilhosa?

- Bem, obrigada.

O segundo era Walker o cara mais largado e exótico que já vi, cabelo vermelho roupas largas e amassadas e óculos de sol verde limão (detalhe, nós estudávamos a noite, pra que os óculos?).

- Prazer garota, eu sou o vidente da galera, algo me diz que você vai cair de amores por mim.

- Hum... Sei... E minha mãe é virgem.

E o terceiro era Renan um cara normal, sem muito estilo e nada marcante, cabelo castanho escuro espetado, camiseta e jeans, porem sempre tinha um olhar serio no rosto, algo me dizia que ele era meio anti- social.

- ...

- De boa então... Oi pra você também !

Conversamos muito enquanto comemos, eles eram muito engraçados, exceto Renan que não falou uma só palavra, cara desagradável, mas sempre que eu espiava pelo canto do olho a mesa de Luar, ele estava me fitando diretamente, será que ele não percebia que isso já estava me deixando desconfortável? Terminei de comer antes de Lunali e os garotos, me retirei da mesa me despedi e sai do refeitório, junto comigo saíram algumas filhas das trevas logo atrás de mim, enquanto andava uma delas puxou meu braço.

- Ei novata! Espera um pouco!

- Quem é você ? me solta!!

- Calma, só quero falar com você um minutinho, meu nome é Felícia.

- E eu sou Mayflower, o que você quer?

- Eu como sacerdotisa das filhas das trevas vim lhe fazer um convite muito especial, queríamos que você participasse de um ritual conosco, tudo bem pra você?

- Por mim tudo bem, mas por que eu?

- Por nada, às vezes chamamos algumas pessoas pra participarem dos nossos rituais, e já que você aceitou, me encontre ainda hoje às duas da manhã perto do pátio principal que eu te levo pro ritual, ok?

- Ta certo então e muito obrigada pelo convite.

Fui até meu quarto e fiz alguns deveres, descansei um pouco, ainda estava com problemas por causa da troca do dia pela noite, Lunali chegou fez seus deveres e logo saiu pra encontrar com os garotos, não contei sobre o convite pra ela por que temia que ela não aprovasse, vi que ainda faltava uma hora e fui me arrumar, logo estava pronta e quando sai vi Lunali chegando, não queria ser vista por ela, sair escondida na noite era algo ao qual eu já estava habituada com o meu serviço de caftina, sempre soube me esconder bem de policiais em busca da minha “empresa” de prostituição, cheguei ao pátio rapidamente, havia alguns benefícios em ser vampira, andar rápido era um deles, o pátio estava vazio e a principio não vi ninguém, logo comecei a desconfiar, foi quando senti algo bater na minha cabeça, e minha vista escureceu.

Senti cheiro de sangue e mato, de repente reconheci algo, era o mesmo homem do ultimo sonho, ele estava com uma corda na mão rindo em direção a uma arvore, havia algo na arvore, mas antes que eu pudesse ver eu comecei a ouvir uma musica alta e aos poucos fui recuperando minha consciência, tentei me mover inutilmente, eu estava amarrada, alguém estava falando, comecei a prestar atenção.

- Caros filhos das trevas nosso lanchinho chegou, traga ela até aqui, pois hoje nosso lanche veio de bom grado.

- Onde a colocamos Felícia?

Ao ouvir o nome de Felícia, me senti uma ridícula, como não percebi antes? Era tão obvio que ela só queria me zuar, mas me usar de lanche!? Isso já era absurdo! Comecei a entrar em desespero, minha visão começou a voltar e logo me vi em um circulo com pessoas a minha volta e Felícia com um punhal e um cálice na mão, de repente minha voz voltou junto com a minha raiva.

- Sua vaca traiçoeira! Como pode fazer isso comigo!

- Como você esta consciente? Eu pedi pra drogá-la como de costume! Não era pra ela estar falando e muito menos se mexendo!

- Mas nós fizemos tudo como sempre, não sei como isso foi acontecer...

- Escuta aqui sua vaca! Se você se atrever a encostar essa merda em mim eu juro que vou acabar com você!

- Dopem ela novamente e vamos continuar com o ritual ! Façam logo!

Eu estava furiosa e não estava disposta a ser vitima de ninguém, de algum jeito eu tinha de sair dali, de repente senti minha marca no pescoço queimar e crescer ao longo do meu rosto, meus olhos queimavam e senti minhas presas crescerem, eu queria a cabeça de Felícia numa bandeja de prata, mas antes disso eu queria que ela sentisse dor, muita dor, foi quando Felícia começou a gritar desesperada, ela segurava a cabeça como se fosse explodir, e implorava que eu parasse, mas eu não queria parar, eu queria matar.

- Parem agora! Isso já foi longe demais!

Olhei a procura de quem havia dito isso, logo vi que era alguém que eu conhecia, Luar olhava furioso para mim, me distrai olhando pra ele, Felícia aproveito a oportunidade e lançou algo sobre mim, que eu não vi mas senti, foi como se ela tivesse colocado fogo em mim, eu revidei fazendo ela gritar loucamente.

- Eu mandei parar!

No mesmo instante que Luar disse isso ele ergueu eu e Felícia no ar sem ao menos nos tocar.

- Se as duas não pararem eu terei que ser mais rude! Entenderem? E soltem Mayflower, isso acaba aqui!

Felícia logo consentiu, porem eu não estava muito a fim de abaixar a cabeça, ninguém podia me prender e depois me dar ordens, eu estava fula da vida e não ia ficar parada, assim que me soltaram eu parti pra cima de Luar, que no mesmo estante me prendeu entre seus braços e passou a mão em minha marca.

- realmente você é especial, não é a toa que você tem essas marcas, mas você é como uma fera indomada, e tem que aprender algumas coisas mon chéri.

Senti meu coração disparar, suas palavras fizeram com que eu tremesse por dentro, por que de aquele momento em diante algo dentro de mim começou a desejar Luar.

Ain tah demais!!! XD

Raiva, medo, frustração e confusão, giravam em torno de mim, o que Luar estava fazendo comigo? Foi ele que armou tudo isso? A única coisa que eu tinha certeza era que eu devia continuar correndo para o mais longe possível, onde eu pudesse simplesmente colocar minha cabeça em ordem e sentir que eu não estava enlouquecendo.

Havia uma arvore muito bonita que ficava bem escondida com o manto da escuridão, ali seria um bom lugar para se pensar, colocar a cabeça em ordem, encostei minhas costas na arvore com um suspiro de alivio, aos poucos deixei minha mão passar no contorno da arvore a fim de me apoiar para sentar, senti algo molhado na arvore, não consegui ver o que sujara minha mão, apenas que era um liquido grosso e cheirava bem, fui tateando na procura da origem do liquido, aos poucos senti algo frio tocando minha pele, e logo percebi que eram dedos, temendo ter encostado em alguém, preparei meu discurso de desculpas, quando a mão agarrou meu braço e num sussurro de desespero disse :

- So...co... rro...

Apavorada gritei, e em seguida fui ver quem me pedia socorro, ao ver a cena, perdi a voz, era uma aluna presa na arvore, com estacas em varias partes do seu corpo prendendo-a, ela ainda segurava a minha mão.

- Grande Nyx !!!!! Como você .... Quem fez isso com você????

- Não... quero... morrer...

Lagrimas de dor escorriam pelos seus olhos, tentei tirar as estacas, mas era como se elas tivessem se fundido a arvore, comecei a entrar em desespero e gritava cada vez mais por ajuda, comecei a ouvir passos de pessoas se aproximando, porem me parecia que eles não chegavam nunca, senti a não da garota se afrouxando.

- Fica comigo! Não feche os olhos! Eles já estão vindo.

- Dói... Muito... Não consigo mais agüentar... Por que... Ele fez isso... Comigo?

- Ele quem? Me responde, ele quem ? Quem fez isso com você?

Mas de nada valeu minhas perguntas, sua mão se solto da minha e percebi que ninguém mais podia ajudá-la, alguns garotos que vinham correndo se aproximaram de mim, com pavor em seus olhos ao ver tamanha brutalidade, tentaram me acudir, mas eu ficava parada chorando desesperadamente, Kasandra se aproximou e ao ver a cena chamou um filho de Erubus para retirar o corpo da garota da arvore, ao olhar para minha mão vi que elas estava cheia de sangue, senti nojo de mim eu precisava me limpar, era como se minha mão estivesse imunda com a morte da garota, eu tinha que sair dali, eu nem ao menos sabia quem era a garota, mas o pânico de vê-la morrer diante de meus olhos ainda se instalava em meus nervos, minha cabeça começou a rodar, me sentia sem forças, minhas pernas bambearam e alguém me segurou, não pude ver quem era, mas senti seus braços em volta de mim.

- Você esta bem? Quer que eu te leve até o seu quarto?

- Não obrigada, eu posso ir sozinha.

Ao olhar para o rosto de quem me segurava, tive uma surpresa, era o rastreador que havia me marcado, ele teve a mesma reação de surpresa ao me ver, sem querer me derrubou.

- Ai!

- Ah... Desculpe! Eu não fiz de propósito é que eu fiquei surpreso por vê-la aqui.

- Não tem problema, a única coisa que eu quero agora é ir pro meu quarto!

Ao chegar em meu quarto fui até a pia lavar minhas mãos, porem por mais que eu as lava-se elas sempre pareciam estar sujas de sangue, e ao lembrar do sangue, as imagens da garota na arvore se repetiam na minha mente, e eu esfregava minha mão cada vez mais forte pra tentar limpar o sangue.

- Mayflower que você ta fazendo ???

Era Lunali, ela olhava apavorada para minha mão.

- Sua mão Mayflower... O que você esta fazendo com ela?

Quando ela falou comigo, notei que minha mão ainda estava com sangue, porem não com o sangue da garota e sim o meu, eu havia machucado a mão ao esfregá-la tanto, partes da minha mão já estavam em carne viva.

- Ó minha deusa! O que eu fiz? Minhas mãos...

- Mayflower, sai dessa pia agora e me explica o que ta acontecendo! A sua mão, a garota na arvore, como tudo isso aconteceu?

Lunali me abraçou, chorei no seu ombro alguns minutos e ela me ajudou a enfaixar a mão enquanto eu lhe contava aquela noite pavorosa, a única coisa que não lhe contei foi como me senti sobre Luar, eu ainda tinha suspeitas de que havia alguma coisa entre os dois.

Quando me deitei, pensei que jamais iria conseguir dormir novamente, eu estava errada, alguns minutos depois eu já havia dormido, mas não tive um sonho, e sim um pesadelo, onde novamente havia um homem que eu não conseguia ver a face, banhado pela luz da lua.

Perfeito *.*