F*ck the rest, let's rock n' blood!

Havia nevoa ao meu redor, e novamente o homem misterioso estava lá, dessa vez eu sabia que era um sonho, olhei ao meu redor e notei que estava em um castelo, em um corredor ao ar livre de frente pra uma das torres, eu vestia um vestido branco com rendas prateadas, estava noite e a luz da lua nos iluminava, enfim o homem olhou pra mim e pude ver seu rosto porem não o reconheci, tudo parecia muito confuso, ele se aproximou e tocou meu rosto, me assustei com seu toque, porem ele continuou a acariciar meu rosto.

- Você esta tão linda, senti tanto sua falta, mas logo estaremos juntos novamente.

- Quem é você? Por que sempre esta nos meus sonhos?

- Shiu... logo tudo será esclarecido.

- Mas foi você que matou a garota na arvore não foi?

- Foi necessário sangue para a vingança que esta próxima.

- Responda!!!!!!! foi você ou não ?????

- A profecia do retorno daquela que a deusa baniu já esta se cumprindo, porque assim diz a profecia:
A luz toca seu rosto, e nele estava o fruto da vingança da banida, por que a noite já não pode reinar sem seu brilho, entre o sangue será dado o chamado e pelo sangue será renascida.

Aos poucos o sonho se desfez e acordei, mas o que eu realmente queria era continuar sonhando, pois estava com medo da realidade que me esperava nessa noite.
Lunali me encarava, acho que ela não estava muito certa que eu estava bem, talvez ela pensasse que eu fosse surtar como ontem, ao me lembrar de ontem olhei para a minha mão enfaixada, o aspecto não era tão ruim porem ainda doía.

- Você esta melhor ?

- Não sei ... as vezes penso que tudo não passou de um sonho louco.

- Mas já passou, é melhor não pensar nisso.

- Não tem como esquecer o que aconteceu com aquela garota, nunca me senti tão inútil como ontem.

- Você fez tudo que pode por ela, vamos se vista logo, temos aula e o melhor a se fazer é seguir em frente no momento.

Eu fiz o que Lunali disse segui em frente, fomos as aulas e tudo parecia sem cor, encontramos os garotos na hora do almoço e fomos nos sentar na mesa, todos foram muito legais comigo tentando me animar.
E Walker até me passou umas cantadas pra ver se eu ria

- Ta sentindo esse cheiro de tinta May???

- Não, por quê?

- È que ta pintando um clima entre nos.

- Walker, deixa a May em paz um pouco...

- Não tem problema Lichart, pelo menos ele me faz rir.

Mas como sempre Renan não abria a boca, porem as vezes me mandava olhares de pena, o que não fez eu me sentir melhor, mas quando eu pensei que talvez o dia fosse ficar melhor, as filhas das trevas entraram no refeitório acompanhadas por Luar, nunca odiei tanto alguém como odiei eles, a minha vontade era que eles pagassem por toda a humilhação que me fizeram passar, eu queria estrangular cada um deles, Luar pareceu entender meu ódio e retribuiu com um sorriso de deboche, o que me fez ficar mais irada, perdida em meu próprio ódio não percebi quando felícia e algumas outras garotas começaram a gritar, seus olhos escorriam sangue e muitas tentavam limpar-se inutilmente, senti um prazer imenso vendo aquilo, não sabia o que tinha feito isso acontecer mas eu me senti grata.

- May sua marca ta brilhando!

Peguei um espelho oferecido por Lunali e olhei meu rosto, a marca realmente estava brilhando, porem não entendia por que, ouvi passos firmes se aproximando fechei o espelho e o devolvi, era Luar quem estava se aproximando e me olhava com a expressão de uma carranca ele estava furioso e ia despejar sua fúria em mim.

- Mayflower, acabou a graça, pare de fazer isso, você esta machucando elas!

- Eu não fiz nada, o que te dá o direito de por a culpa em mim?

- Eu sei muito bem que você só ta afim de se vingar.

- Então você acha... que fui eu! Ou seja, ta jogando verde.

- Se eu acho ou não isso é problema meu ! agora eu mandei você parar ou se não...

- Se não o que ? vai fala valentão ! vai fazer o que ?

- Você já viu o que sou capaz de fazer com você!

- Então pode vir ! Eu é que não vou deixar barato !

Luar me olhou com ódio quando eu o desafiei, e na mesma hora ele se preparou pra me atacar, eu tava muito afim de quebrar a cara dele, mas no fundo eu gostava de provocar ele, mas que isso não sai daqui.

- Já chega vocês dois !

Lunali soava irritada quando nos interrompeu, porem Luar logo rebateu.

- Não se intrometa na minha briga Lunali.

- Ei não fale assim com ela !!!!

- Deixa ele May, ele sempre foi assim, um completo imbecil !!!!

- Olha quem fala, a defensora dos pobres, eu tenho nojo de ser seu irmão !

Ta legal eu fiquei chocada, então era por isso, os dois eram irmãos, sem nem ao menos eu absorver melhor a informação, Luar atacou com um impulso Lunali e a lançou contra a parede do refeitório, mas antes mesmo de Lunali se levantar ela lançou um raio contra Luar que caiu com dor no chão, eu precisava fazer algo, eu só não sabia o que, os dois começaram a lutar pra valer com seus poderes, que acreditem eram bem fortes, ninguém se intrometeu na luta nem ao menos chamaram Kasandra, a essa altura os dois foram brigar fora do refeitório, no pátio, os únicos que realmente acompanhavam a briga eram eu, os garotos e as filhas das trevas.

Resolvi tomar uma decisão burra.

- Isso acaba agora!

Não sei explicar o porquê, mas entrei no meio do fogo cruzado, e é obvio que fui atingida, no mesmo momento eu lancei contra os dois alguma coisa, não sei o que foi, mas de repente os dois pararam, ai fui analisar o que eu tinha feito, havia uma espécie de campo de força prendendo os dois, ambos tentavam sair mas o campo refletia seus ataques, pronto de alguma maneira eu fiz os dois pararem, mas eu não sabia desfazer, omg o que foi que eu fiz!?

- Mayflower solta a gente!!!!!!!!!!! – disse Luar.

- Perai, eu vou soltar, eu só preciso descobrir como...

- O que ??? você não sabe como soltar a gente?- disse Luar.

- Não foi bem isso que eu quis dizer....

- May tenta se acalmar, e desfaz isso! – disse Lunali.

- Eu to tentando!

- Então tenta mais!!!! – disse Luar.

- Luar se você continuar gritando eu juro que te largo aqui!

Alguém tocou o meu ombro e falou em meu ouvido.

- tente relaxar, não precisa ficar tensa, você consegue.

- Quem é....

Era o rastreador que sorria pra mim, e me olhava com seus olhos verdes intensos, como se silenciosamente me dissesse que sabia que eu podia desfazer aquilo, fiquei sem jeito, eu passei meses fugindo desse cara e agora quando eu ouvia sua voz algo dentro de mim se arrepiava, mas de algum jeito eu consegui soltar eles, salva pelo gongo, já estava ficando sem graça na frente do rastreador.

- Ufa, até que enfim !!!!! – disse Luar.

- Desculpa não foi minha intenção prender os dois.

- May te encontro lá no quarto.- disse Lunali

Aos poucos o pessoal foi saindo do local e só ficou eu e o rastreador, beleza o que eu faço agora? Tentei conversar.

- Obrigado pela força...

- De nada, é dificil aprender a dominar os poderes que a deusa nos dá.

- Èh... tipo já é a segunda vez que você me ajuda e eu nem sei seu nome...

- Meu nome é Pablo Ridki.

- E eu Mayflower Madam.

- È eu sei...

- Então acho que vou pro meu quarto.

- Na verdade não, eu vim aqui pra te avisar que Kasandra quer falar com você.

- Ta bom então, já vou indo.


Encontrei Kasandra sentada em seu escritório me esperando, ela estava sozinha e seu rosto estava tenso, ela me convidou para sentar e foi direto ao assunto.

- Eu te chamei por que gostaria de conversar sobre o que aconteceu ontem, eu sei que é difícil pra você, mas isso é necessário para que se encontre o responsável por esses crimes terríveis.

Contei a ela tudo que aconteceu desde quando cheguei a arvore, ela me ouviu com atenção como se cada detalhe fosse importante, e após isso ela começou a falar.

- E gostaria de te mostrar algo que foi encontrado junto a primeira vitima, a garota do lago, havia um bilhete junto a ela, e já que você é a única pessoa que conversou com a segunda vitima, eu gostaria que você ouvisse o que esta escrito e ver se você consegue relacionar ele a algo.

- Claro, farei o possível pra ajudar.

- Antes de tudo eu diria que ele mais parece um poema : A luz toca seu rosto, e nele estava o fruto da vingança da banida, por que a noite já não pode reinar sem seu brilho, entre o sangue será dado o chamado e pelo sangue será renascida

Eu gelei ou ouvir as palavras de Kasandra, eram as mesma do homem dos meus sonhos, eu estava desesperada, e nem ao menos sabia o que elas significavam, a única coisa que eu sabia é que elas pertenciam a uma profecia.

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