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"Os livros nos dão conselhos que os amigos não se atreveriam a dar-nos." Samuel Smiles
Queimada - P.C. Cast e Kristin Cast Online
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Queimada - P.C. Cast e Kristin Cast Online
HOUSE OF NIGHT- 7 - Burned
P.C. Cast e Kistin Cast.
1° Capítulo
- Spoiler:
- Kalona
Kalona ergueu as mãos. Ele não hesitou. Não havia nenhuma dúvida em sua mente sobre o que ele tinha que fazer. Ele não permitiria que nada nem ninguém entrasse em seu caminho, e este menino humano estava de pé entre ele e o que ele desejava. Ele particularmente não queria matar o menino; Ele particularmente não queria o menino vivo, também. Era uma necessidade simples. Ele não sentia remorso ou arrependimento. Tal como tinha sido a norma durante os séculos desde que ele tinha caído, Kalona sentiu muito pouco. Assim, indiferentemente, sua asa imortal torceu pescoço do rapaz e pôs fim à sua vida.
— Não!
A angústia de uma palavra congelou o coração de Kalona. Deixou cair o corpo sem vida do menino e virou a tempo de ver Zoey correndo em direção a ele. Seus olhos se encontraram. Nos dela estavam desespero e ódio. Nos dele uma negação impossível. Ele tentou formular as palavras que poderiam faze-la entender, poderiam faze-la perdoá-lo. Mas não havia nada que ele pudesse dizer para mudar o que tinha visto, e mesmo que ele pudesse trabalhar o impossível, não houve tempo.
Zoey jogou todo o poder do elemento espírito para ele.
Ele bateu no imortal, golpeando-lhe com força que estava além do físico. Espírito era a sua essência, seu núcleo, o elemento que o tinha sustentado durante séculos e com o qual ele sempre foi mais confortável, assim como o mais poderoso. O ataque de Zoey ardeu nele. Levantou-lhe com tanta força que ele foi arremessado sobre o imenso muro de pedra que separava a Ilha dos vampiros e o Golfo de Veneza. A água gelada cobriu-o, sufocando-o. Por um instante a dor em Kalona era tão mortal que ele não lutou contra isso. Talvez ele deveria deixar essa luta terrível para a vida e suas armadilhas finais. Talvez, mais uma vez, ele deveria permitir-se ser dominado por ela. Mas menos de um batimento cardíaco depois de ele ter esse pensamento, ele sentiu. A alma de Zoey estava despedaçada, e, tão verdadeiramente como sua queda levou-o de um domínio para outro, seu espírito partiu deste mundo.
Este conhecimento o feriu pior do que o golpe contra ele.
Não Zoey! Ele nunca quis causar-lhe dano. Mesmo com todas as maquinações de Neferet, mesmo com todas as manipulações e planos do Tsi Sgili, ele detinha o justo conhecimento de que, apesar de tudo, ele iria usar o seu vasto poder imortal para manter Zoey segura porque, em última instância, ela era o mais próximo que ele poderia chegar a Nyx nesse reino e este era o único reino que lhe restava.
Lutando para recuperar-se do ataque de Zoey, Kalona ergueu seu sólido corpo das ondas que o agarravam e percebeu a verdade. Graças a ele, o espírito de Zoey se foi, o que significava que ela iria morrer. Com o seu primeiro sopro de ar, ele lançou um grito doloroso de desespero, ecoando sua última palavra, — Não!
Teria ele realmente acreditado desde sua queda que ele realmente não tinha sentimentos? Ele havia sido um idiota e errado, tão errado. Emoções maltrataram-no enquanto ele voou arrebentando logo acima da superfície da água, desbastando seu espírito já ferido, vociferando contra ele, enfraquecendo-o, sangrando sua alma. Com turva, enegrecida visão, ele olhou para a lagoa, entrecerrando os olhos para ver as luzes da terra anunciada. Ele nunca sairia dessa ali. Teria que ser no palácio. Ele não tinha escolha. Usando as últimas reservas de suas forças, Kalona bateu suas asas contra o ar gelado, elevando-o por cima do muro, onde ele caiu na terra congelada .
Ele não sabia quanto tempo ficou lá na fria escuridão da despedaçada noite enquanto emoções esmagavam sua alma abalada. Em algum lugar no fundo de sua mente, ele compreendeu a familiaridade do que tinha acontecido. Ele tinha caído novamente, só que desta vez foi mais no espírito do que no corpo, embora seu corpo não parecia ser comandado por muito mais tempo também.
Ele sentiu sua presença antes dela falar. Tinha sido assim entre eles desde o início, se ele realmente queria ou não, eles simplesmente sentiam um ao outro.
— Você permitiu que Stark testemunhasse você matando o menino! — A voz de Neferet era mais fria que o mar de inverno.
Kalona virou a cabeça para que ele pudesse ver mais do que a ponta do sapato dela. Ele olhou para ela, piscando para tentar clarear a sua visão.
— Acidente. — Encontrando sua voz novamente ele conseguiu um áspero sussurro. — Zoey não deveria estar ali.
— Acidentes são inaceitáveis, e eu não me importo nem um pouco se ela estava lá. Na verdade, o resultado do que ela viu é bastante conveniente.
— Você sabe que sua alma despedaçada? — Kalona odiava a fraqueza anormal em sua voz e a letargia estranha em seu corpo quase tanto quanto odiava o efeito da beleza gélida que Neferet tinha sobre ele.
— Eu imagino que a maioria dos vampiros na ilha sabe. Tipicamente dela, o espírito de Zoey não foi exatamente quieto em sua despedida. Pergunto-me, no entanto, quantos dos vampiros também sentiram o golpe que a sirigaita te deu justo antes dela partir. — Neferet bateu no queixo contemplativamente com uma unha longa e afiada.
Kalona permaneceu em silêncio, esforçando-se para se concentrar e juntar as bordas irregulares de seu espírito dilacerado, mas na terra seu corpo foi pressionado contra algo muito real, e não tinha força para chegar acima e alimentar sua alma de ralos vestígios do Outromundo que flutuavam ali.
— Não, eu imagino que nenhum deles sentiu isso, — continuou Neferet, em sua mais fria, mais calculista voz. — Nenhum deles está ligado à Escuridão, com você, como eu estou. Não é assim, meu amor?
— Estamos excepcionalmente conectados, — Kalona disse, embora ele de repente queria que as palavras não fossem verdadeiras.
— De fato. . . — Ela disse, ainda distraída com seus pensamentos. Então os olhos de Neferet arregalaram-se com uma nova compreensão lhe veio. — Eu a muito tempo me pergunto como era que A-ya conseguiu ferir você, como imortal fisicamente poderoso, mal o suficiente para que aquelas ridículas bruxas Cherokee pudessem prender você. Acredito que a pequena Zoey acaba de dar a resposta que você tão cuidadosamente esconde de mim. Seu corpo pode ser danificado, mas apenas através de seu espírito. Isso não é fascinante?
— Vou curar. — Ele colocou tanta força como foi possível em sua voz. — Leve-me de volta para Capri e ao castelo lá. Leve-me para o topo, tão perto do céu como eu possa estar, e eu vou recuperar a minha força.
— Eu imaginei que você queria eu estava tão inclinada a fazer isso. Mas eu tenho outros planos para você, meu amor. — Neferet ergueu os braços, estendendo-os sobre ele. Enquanto continuava a falar ela começou a tecer seus longos dedos através do ar, criando intrincados padrões, como uma aranha fiando sua teia. Não vou permitir que Zoey interfira conosco nunca mais.
— A alma despedaçada é uma sentença de morte. Zoey já não é nenhuma ameaça para nós, — disse. Com os olhos astutos, Kalona observou Neferet. Ela chamou uma pegajosa escuridão que ele reconheceu muito bem. Ele passou sua existência lutando contra a escuridão antes de abraçar este frio poder. Aquilo pulsou e tremulou de forma familiar, descansando sobre os dedos dela. Ela não deveria ser capaz de controlar a Escuridão de forma tão tangível. Este pensamento vagava como o eco de uma sentença de morte através de sua mente cansada. Uma Alta Sacerdotisa não deveria ter esse poder.
Mas Neferet já não era apenas uma Alta Sacerdotisa. Ela tinha crescido além dos limites desse papel há algum tempo, e ela não tinha problemas em controlar a Escuridão invocada.
Ela está se tornando imortal, Kalona compreendeu, e com esta compreensão, o medo se juntou ao remorso e desespero e raiva, onde ele ainda cozinhava dentro o Guerreiro caído de Nyx.
— Poderíamos pensar que seria uma sentença de morte, — Neferet falou calmamente enquanto ela atraía mais e mais os fios pretos para ela, — mas Zoey tem um terrível e inconveniente hábito de sobreviver. Desta vez vou me certificar que ela morra.
— A alma de Zoey também tem o hábito de reencarnar, — disse ele, propositalmente tentando atrair Neferet e fazê-la perder a concentração.
— Então eu vou destruí-la uma e outra vez! — A concentração de Neferet só aumentou com raiva com suas palavras evocadas. A escuridão, ela girou intensificada, contorcendo-se com o poder crescido no ar ao seu redor.
— Neferet. — Ele tentou alcançá-la usando seu nome. — Você realmente entende o que é que você está tentando comandar?
Seu olhar encontrou o dele, e, pela primeira vez, Kalona viu a mancha vermelha que se aninhava na escuridão dos olhos dela. — Claro que sim. É o que seres inferiores chamam de mal.
— Eu não sou um ser inferior, e eu também, chamo de mal.
— Ah, não por séculos você não foi. — Sua risada era viciante. — Mas parece que ultimamente você tem vivido muito com as sombras de seu passado em vez de divertindo-se com o poder encantador das tevas do presente. Eu sei quem é a culpada por isso.
Com um esforço tremendo, Kalona empurrou-se a uma posição sentada.
— Não. Eu não quero que você se mova. — Neferet estalou um dedo para ele e um fio de escuridão serpenteou em volta do pescoço, apertou, e empurrou-o para baixo, fixando-o no chão novamente.
— O que é que você quer de mim? — Ele murmurou.
— Eu quero que você siga espírito Zoey para o Outromundo e esteja certo que nenhum dos seus amigos — ela desdenhou a palavra — consiga encontrar uma maneira de persuadi-la a voltar ao seu corpo.
Choque sacudiu através do imortal. — Eu fui banido por Nyx do Outromundo. Eu não posso seguir Zoey lá.
— Ah, mas você está errado, meu amor. Você vê, você sempre pensa muito literalmente. Nyx expulsou você — você caiu— você não pode voltar. Então você acreditou durante séculos que é assim. Bem, você literalmente não pode. — Ela suspirou dramaticamente quando ele olhou para ela sem expressão. — Seu lindo corpo foi banido, isso é tudo. Nyx não disse nada sobre sua alma imortal?
— Ela não precisava dizer isso. Se a alma é separada do corpo por muito tempo, o corpo vai morrer.
— Mas seu corpo não é mortal, o que significa que pode ser separados de sua alma por tempo indeterminado sem morrer — disse ela.
Kalona esforçou-se para evitar que o terror de suas palavras enchesse sua expressão. — É verdade que eu não posso morrer, mas isso não significa que eu vou permanecer intacto se o meu espírito deixar meu corpo por muito tempo. —Eu poderia envelhecer... enlouquecer... tornar-me uma casca de mim mesmo que nunca morrerá... As possibilidades giraram através de sua mente.
Neferet encolheu os ombros. — Então você vai ter a certeza de terminar sua tarefa em breve, para que você possa retornar a seu belo corpo imortal antes que seja irremediavelmente danificado. — Ela sorriu sedutoramente para ele. — Eu desgostaria muito se alguma coisa acontecesse com seu corpo, meu amor.
— Neferet, não faça isso. Você está colocando coisas em movimento que vão exigir um pagamento, cujas consequências você não vai querer enfrentar.
— Não me ameace! Liberei-o de sua prisão. Eu te amei. E então eu vi você bajular repetidamente aquela adolescente. Quero que ela saia de minha vida! Consequências? Eu as abraçarei! Eu não sou mais a fraca, inútil Alta Sacerdotisa seguidora de uma deusa qualquer cheia de regras. Você não entende isso? Se você não tivesse sido tão distraído por essa criança, você saberia sem que eu lhe contasse. Eu sou uma imortal, o mesmo que você, Kalona! — Sua voz era horripilante, amplificada com o poder. — Estamos perfeitamente combinados. Você costumava a acreditar nisso também, e isso é algo que você vai acreditar novamente, quando Zoey Redbird não existir mais.
Kalona olhou fixamente para ela, entendendo que Neferet estava completamente, verdadeiramente irritada, e se perguntando por que aquela irritação só serviu para alimentar o seu poder e intensificar sua beleza.
— Então é isso que eu decidi fazer, — ela continuou, falando metodicamente. — Vou manter seu sexy, imortal corpo enfiado no subterrâneo em algum lugar, enquanto sua alma viaja para o Outromundo e garante que Zoey não volte aqui.
— Nyx nunca permitirá isso! — As palavras dele estouraram antes que ele pudesse detê-las.
— Nyx sempre permite o livre arbítrio. Como sua ex-Alta Sacerdotisa, eu sei, sem qualquer dúvida que ela permitirá que você opte por viajar em espírito para o Outromundo, — Neferet disse maliciosamente. — Lembre-se, Kalona, meu verdadeiro amor, se você garantir a morte de Zoey, você estará removendo o último impedimento para nós reinarmos lado a lado. Você e eu seremos poderosos além da imaginação neste mundo das maravilhas modernas. Pense nisso — vamos subjugar os seres humanos e trazer de volta o reino dos vampiros com toda a beleza, paixão e poder ilimitado que isso significa. A terra será nossa. Nós, de fato, daremos nova vida ao glorioso passado!
Kalona sabia que ela estava brincando com suas fraquezas. Silenciosamente, amaldiçoou-se por permitir que ela aprendesse muito sobre seus mais profundos desejos. Ele tinha confiado nela, por isso Neferet sabia que ele não era Erebus e ele nunca poderia verdadeiramente governar ao lado de Nyx no Outromundo, e ele queria recriar tanto quanto ele tinha perdido aqui neste mundo moderno.
— Você vê, meu amor, quando você considera isso logicamente, é justo que você siga Zoey e corte a ligação entre sua alma e seu corpo. Fazer isso simplesmente servirá aos seus últimos desejos. — Neferet falou calmamente, como se os dois estivessem discutindo a escolha do material para seu mais recente vestido.
— Como farei para encontrar a alma de Zoey? — Ele tentou igualar seu tom prosaico. — O Outromundo é uma área muito vasta, só os deuses e deusas podem atravessá-lo.
A expressão branda Neferet endureceu, fazendo sua cruel beleza terrível de se ver. — Não finja que você não tem uma conexão com a alma dela! — O imortal Tsi Sgili respirou fundo. Em um tom mais razoável, ela continuou, — Admita isso, meu amor, você poderia encontrar Zoey mesmo que ninguém mais pudesse. Qual é a sua escolha, Kalona? Governar sobre a terra ao meu lado, ou continuar a ser um escravo do passado?
— Eu escolho governar. Eu vou sempre escolher governar, — disse ele sem hesitação.
Tão logo ele falava, os olhos Neferet mudaram. O verde dentro deles ficou totalmente envolto em escarlate. Ela virou as esferas brilhantes em cima dele — possuindo, enganando, encantando. — Então me ouça, Kalona, Guerreiro Caído de Nyx, por meu juramento manterei seu corpo em segurança. Quando Zoey Redbird, caloura Alta Sacerdotisa de Nyx, não existir mais, eu te juro que vou retirar essas escuras correntes e permitir que seu espírito volte. Então eu vou levá-lo até o topo do castelo em Capri e deixar o céu trazer vida e força dentro de você e então você governará este reino como o meu consorte, meu protetor, meu Erebus. — Enquanto Kalona observava, impotente para detê-la, Neferet passou uma longa e pontuda unha através da palma de sua mão direita. Juntando o sangue que saia dali, ela segurou sua mão, oferecendo-a. — Pelo sangue eu reivindico este poder, pelo sangue eu amarro este juramento. — Tudo ao redor dela, Escuridão mexeu e desceu sobre sua palma, se contorcendo, tremendo, bebendo. Kalona podia sentir a atração da Escuridão. Ele falou com a sua alma sedutoramente com, poderosos sussurros.
— Sim! — A palavra foi um gemido profundo rasgado de sua garganta enquanto Kalona rendeu-se à gananciosa Escuridão.
Quando Neferet continuo, sua voz foi ampliada, inchada com poder. — Trata-se de sua própria escolha que eu tenho selado esse juramento de sangue com Escuridão, mas , se você fracassar e quebrá-lo..
— Eu não vou falhar.
Seu sorriso era de outro mundo tamanha era a beleza, seus olhos turvaram-se com sangue. — Se você, Kalona, Guerreiro Caído de Nyx, quebrar esse juramento e falhar em minha busca para destruir Zoey Redbird, caloura Alta Sacerdotisa de Nyx, manterei o domínio sobre seu espírito, enquanto você for imortal.
A resposta veio espontaneamente dele, inspirada pela sedutora Escuridão, que durante séculos tinha escolhido sobre a Luz. — Se eu falhar, você deverá ter o domínio sobre o meu espírito, enquanto eu sou imortal.
— Deste modo eu juro. — Novamente Neferet cortou a palma da mão, criando um X na sua carne sangrenta. O odor de cobre flutuou até Kalona como a fumaça ascendendo do fogo enquanto ela novamente elevava a mão para Escuridão. — Assim será! — O rosto de Neferet se contorceu de dor enquanto Escuridão bebia dela novamente, mas ela não vacilou — não se moveu até que o ar ao seu redor vibrou, inchado com seu sangue e seu juramento.
Só então ela abaixou sua mão. Sua língua serpenteava para fora, lambendo a linha vermelha e terminando o sangramento. Neferet caminhou até ele, curvou-se, e gentilmente colocou as mãos em cada lado de seu rosto, tal como ele tinha segurado o menino humano antes de aplicar o seu golpe mortal. Ele podia sentir Escuridão arranhando ao redor e dentro dela, um touro raivoso esperando ansiosamente pelo comando de sua ama.
Seus lábios ensanguentados fizeram apenas uma curta pausa para tocar os dele. — Com o poder que corre através do meu sangue, e pela força das vidas que tenho tomado, eu comando você, meu delicioso fio da Escuridão, para tirar a alma deste imortal Jurado de seu corpo levando-o para o Outromundo. Vá e faça o que eu ordenei, e eu juro que vou sacrificar para você a vida de um inocente que você foi incapaz de manchar. Então contigo em favor de mim, que seja feita a minha vontade!
Neferet atraiu uma profunda respiração, e Kalona viu os fios escuros que ela chamou deslizarem entre os lábios cheios e vermelhos dela. Ela inalou a Escuridão até que ela que se encheu com ela, e então cobriu a boca com suas mãos, com seu enegrecido, beijo de sangue contaminado, Escuridão explodiu dentro dele com tanta força que separou a alma ferida dele de seu corpo. Enquanto sua alma gritava em agonia silenciosa, Kalona foi forçado para cima, para cima e para o reino do qual sua Deusa o tinha banido, deixando seu corpo sem vida, preso, Jurado ao mal, e à mercê de Neferet.
- Spoiler:
- Rephaim
O sonoro tambor era como o batimento cardíaco de um imortal: nunca terminando, engolindo, esmagador. Ele ecoou através da alma de Rephaim em sintonia com as batidas de seu sangue. Então, com a batida do tambor, as antigas palavras tomaram forma. Eles embrulharam seu corpo de modo que, mesmo enquanto ele dormia, seu pulso aliou-se em harmonia com a melodia eterna. Em seu sonho, as vozes das mulheres cantava:
Antigo dormindo, esperando para levantar-se
Quando o poder da terra sangra vermelho sagrado
A marca atingirá a verdade; Rainha Tsi Sgili planejará
Ele deve ser lavado desde sua cama-sepulcro
A canção era sedutora, e como um labirinto, que circulou incessantemente.
Pela mão do morto, ele é livre
Terrível beleza, monstruosa vista
Governando novamente eles devem estar
Mulheres devem ajoelhar-se aos seus escuros poderes
A música era uma incitação sussurrada. Uma promessa. Uma bênção. Uma maldição. A memória do previsto fez o corpo de Rephaim dormir inquieto. Ele se contorcia e, como uma criança abandonada, murmurou uma pergunta de uma só palavra: — Pai?
A melodia concluída com a rima que Rephaim havia memorizado séculos atrás:
A canção de Kalona soa doce
Enquanto massacramos com fria cólera
.—.. massacramos com fria cólera.— Dormindo constante, Rephaim respondeu às palavras. Ele não acordou, mas seu batimento cardíaco aumentou — suas mãos enroladas em punhos — seu corpo enrijecido. No limite entre o despertar e o sono, a batida gaguejou em uma pausa, e as vozes macias das mulheres foram substituídas por uma que era profunda e também toda familiar.
—Traidor... covarde... traidor... mentiroso!— A voz masculina era uma condenação. Com o sua ladainha de ira, ele invadiu sonho Rephaim e sacudiu-o completamente para o mundo acordado.
—Pai!— Rephaim explodiu, jogando fora os papéis velhos e pedaços de papelão que ele tinha usado para criar um ninho em torno dele. —Pai, você está aqui?
Um brilho de movimento capturado no canto de sua visão, e ele empurrou para a frente, rangendo sua asa quebrada quando ele olhou das profundezas da escuridão, o armário de painéis de cedro.
—Pai?
Seu coração sabia que Kalona não estava lá antes mesmo do vapor de luz e movimento tomar forma para revelar a criança.
—O que é você?
Rephaim concentrou sua abrasador olhar sobre a menina. —Vá embora, aparição.
Em vez de esmorecer como ela deveria, a criança estreitou os olhos para estudá-lo, parecendo intrigada. —Você não é um pássaro, mas você tem asas. E você não é um garoto, mas você tem braços e pernas. E seus olhos são como de um menino, também, só que eles estão vermelhos. Então, o que é você?
Rephaim sentiu uma onda de raiva. Com um rápido movimento que causou fragmentos brancos quente da dor que irradiou através de seu corpo, ele pulou do armário, aterrissando poucos metros antes do fantasma — predatório, perigoso, defensivo.
—Eu sou o pesadelo dado a vida, o espírito! Vá embora e me deixe em paz antes de aprender que existem coisas muito piores que a morte de medo.
Em seu movimento brusco, a criança fantasma necessitou de um pequeno passo para trás, de modo que agora o ombro roçou na vidraça baixa. Mas lá estava ela parada, ainda olhando para ele com um curioso, inteligente olhar.
—Você clamou por seu pai em seu sono. Eu ouvi você. Você não pode me enganar. Eu sou inteligente assim, e eu lembro das coisas. Além disso, você não pode me assustar porque você está realmente apenas ferido e sozinho.
Então, o fantasma da menina cruzou seus braços petulantemente sobre o magro peito, jogou para trás os longos cabelos loiros, e desapareceu, deixando apenas Rephaim da forma que ela havia falado dele, ferido e sozinho.
Suas mãos em punhos frouxos. Seus batimentos cardíacos acalmaram. Rephaim tropeçou ao voltar para seu ninho improvisado e descansou a cabeça contra a parede do armário atrás dele.
—Patético,— murmurou em voz alta. —O filho predileto de um antigo imortal reduzido a se esconder no lixo e falar com o fantasma de uma criança humana.— Ele tentou rir, mas falhou. O eco da música de seu sonho, de seu passado, ainda era muito alto no ar ao seu redor. Como foi a outra voz — uma que ele podia jurar que era de seu pai.
Ele não conseguia sentar mais. Ignorando a dor em seu braço e a doente agonia de sua asa, Rephaim ficou de pé. Ele odiava a fraqueza que impregnava seu corpo. Há quanto tempo ele esteve aqui, ferido, exausto desde o voo do depósito, e enrolado nessa caixa em uma parede? Ele não conseguia se lembrar. Já passou um dia? Dois?
Onde ela estava? Ela disse que viria até ele esta noite. E ainda lá estava ele, onde Stevie Rae o tinha enviado. Era noite, e ela não tinha chegado.
Com um som de aversão, ele saiu do armário e seu ninho, seguiu além do parapeito em frente da qual a menina havia materializado na porta que dava para a varanda do último andar. Um impulso o levara até o segundo andar da mansão abandonada, logo após o amanhecer, quando ele chegou. No final de sua grande reserva de força, ele só pensava em segurança e dormir.
Mas agora ele estava muito acordado.
Ele encarou o vazio terreno do museu. O gelo que havia caído durante dias do céu tinha parado, deixando as enormes árvores que circundavam as colinas em que estava o Museu Gilcrease e sua mansão abandonada e em ruínas, com ramos curvados. A visão noturna de Rephaim era boa, porém ele não pode detectar qualquer movimento em toda a parte externa. As casas que enchiam a área entre o museu e o centro de Tulsa estava quase tão escuras quanto tinham sido em sua jornada ao abrigo ao amanhecer. Pequenas luzes pontilhavam a paisagem — não muito, a acelerada eletricidade que Rephaim havia chegado a esperar de uma cidade moderna. Eles só estavam fracos, velas tremeluzentes — nada comparado com a majestade do poder neste mundo que poderia evocar.
Não havia, naturalmente, nenhum mistério para o que tinha acontecido. As linhas que levaram energia para as casas dos humanos modernos tinham sido rompidas com tanta certeza quanto tinha os galhos carregados de gelo das árvores. Rephaim sabia o que era bom para si. Exceto pelos galhos caídos e outros detritos deixados na estradas, as ruas pareciam a maior parte transitáveis. Havia uma grande máquina elétrica que não foi quebrada, pessoas teriam inundado esses terrenos enquanto a vida humana diária era retomada.
—A falta de energia mantém os seres humanos,— ele murmurou para si mesmo. —Mas o que é mantê-la fora?
Com um som de pura frustração, Rephaim abriu a porta em ruínas, automaticamente procurando o céu aberto como bálsamo para os nervos. O ar estava frio e espesso com umidade. Baixo em toda a grama de inverno, a névoa suspensa em um lençol ondulado, como se a terra estivesse tentando se ocultar de seus olhos.
Erguendo seu olhar, Rephaim fez uma longa, estremecedora respiração. Ele inspirou o céu. Parecia estranhamente brilhante, em comparação com a cidade escurecida. Estrelas acenaram-no, assim como o nítido semicírculo da lua minguante.
Tudo dentro de Rephaim ansiou o céu. Ele queria que debaixo das suas asas, passando por seu escuro, emplumado corpo, acariciando-o com o toque da mãe que ele nunca conheceu.
Sua asa ilesa estendeu-se, alongando-se mais do que o comprimento do corpo de um homem adulto ao lado dele. Sua outra asa tremeu, Rephaim respirou o ar noturno, irrompendo com ele em um agonizante gemido.
Quebrada! A palavra ardeu através de sua mente.
—Não. Isso não é uma certeza.— Rephaim falou em voz alta. Ele balançou a cabeça tentando apagar o cansaço incomum que o fazia se sentir cada vez mais impotente — cada vez mais danificado. —Concentre-se!— Rephaim admoestou a si mesmo. —Está na hora de encontrar o Pai.— Ele ainda não estava bem, mas a mente de Rephaim, embora cansada, estava mais clara do que tinha estado desde sua queda. Ele deve ser capaz de detectar alguns traços de seu pai. Não importa quanta distância ou tempo separados, eles foram amarrados pelo sangue e espírito, e especialmente pelo dom da imortalidade, que havia sido da primogenitura de Rephaim.
Rephaim olhou para o céu, pensando nas correntes de ar em que ele estava tão acostumado a deslizar. Ele respirou fundo, levantou o braço ileso, e estendeu a mão, tentando tocar as correntes evasivas e os vestígios de magia negra do Outromundo que apodrecia ali. —Tragam-me algum sentido dele!— Ele fez seu apelo urgente para a noite.
Por um momento ele acreditava que sentiu um lampejo de resposta, longe, muito longe para o leste. E então, o cansaço era tudo que ele poderia sentir. —Por que não posso sentido você, Pai?— Frustrado e excepcionalmente exausto, ele deixou cair a mão inerte ao seu lado.
Extraordinário cansaço...
—Por todos os deuses!— Rephaim de repente, percebeu que tinha esgotado sua força e deixou seu próprio escudo partido. Ele sabia o que estava impedindo-o de sentir o caminho que seu pai tinha tomado. —Ela fez isso.— Sua voz era dura. Seus olhos brilhavam carmesim.
Sim, ele foi terrivelmente ferido, mas como o filho de um imortal, seu corpo já deveria ter iniciado o seu processo de reparação. Ele tinha dormido — duas vezes desde que o Guerreiro tinha atirou nele no céu. Sua mente estava clara. Dormir deveria ter continuamente reanimado-o. Mesmo que, como ele suspeitava, sua asa tivesse permanentemente danificada, o resto de seu corpo deveria estar visivelmente melhor. Seus poderes deveriam ter retornado a ele.
Mas a Vermelha tinha bebido do seu sangue, teve um Imprint com ele. E ao fazê-lo, ela tinha perturbado o equilíbrio do poder imortal dentro dele.
A raiva aumentou para atender à frustração já existente.
Ela usou-o e depois o abandonou.
Assim como o Pai tinha feito.
—Não!— Ele se corrigiu imediatamente. Seu pai tinha sido expulso pela jovem Alta Sacerdotisa. Ele voltaria quando fosse capaz, e em seguida Rephaim estaria mais uma vez ao lado de seu pai. Foi a vermelha quem o tinha usado, depois deixou-o de lado.
Por que pensar muito nisso causa uma curiosa dor dentro dele? Ignorando o sentimento, ele levantou o rosto para o familiar céu. Ele não queria este Imprint. Ele apenas a salvou porque ele lhe devia sua vida, e ele sabia muito bem que um dos verdadeiros perigos deste mundo, assim como do próximo, era a força de uma dívida de vida não paga.
Bem, ela salvou-o — encontrou-o, escondeu-o, e depois soltou-o, mas no telhado do depósito, ele pagou a dívida ao ajudá-la a escapar da morte certa. Sua dívida de vida estava paga agora. Rephaim era filho de um imortal, e não um fraco humano. Ele tinha poucas dúvidas de que ele poderia quebrar esse Imprint — este ridículo subproduto de lhe salvar a vida. Ele usaria o que restava de sua força de vontade para afastar-se, e então ele iria realmente começar a curar-se.
Ele respirou na noite novamente. Ignorando a fraqueza em seu corpo, Rephaim concentrou em sua força de vontade.
—Eu convoco o poder do espírito dos antigos imortais, que é meu por direito de nascença para comandar, para quebrar —
Uma onda de desespero caiu sobre ele, e Rephaim cambaleou contra o parapeito da varanda. A tristeza propagou em todo o seu corpo com tanta força que ele caiu de joelhos. Ele permaneceu ali, ofegando com dor e choque.
O que está acontecendo comigo?
Em seguida, um estranho, medo absurdo encheu-o, e Rephaim começou a entender.
—Estes não são os meus sentimentos,— ele disse a si mesmo, tentando encontrar seu próprio centro no turbilhão da aflição. —Estes são os seus sentimentos.
Rephaim arfou à medida que o desespero seguia o medo. Endurecendo-se contra o persistente ataque, esforçou-se para ficar de pé, lutou contra a onda de emoções de Stevie Rae. Resoluto, ele se obrigou a recentrar durante o violento ataque e o cansaço que o puxava incansavelmente — para tocar o lugar do poder que estava trancado e dormente durante a maior parte da humanidade — o lugar em que seu sangue tinha a chave.
Rephaim começou a invocação de novo. Desta vez com uma intenção totalmente diferente.
Mais tarde, ele diria a si mesmo que sua resposta foi automática — que ele estava agindo sob a influência de seu Imprint, que tinha sido simplesmente mais poderoso do que ele esperava. Este condenável Imprint que o levara a acreditar que o mais seguro, a maneira mais rápida para acabar com a horrível lavagem de emoções da Vermelha foi a atraí-la para ele e, assim, retirá-la do que quer que estava causando sua dor.
Não poderia ser que ele se importasse com a dor dela. Nunca poderia ser isso.
—Eu convoco o poder do espírito dos antigos imortais, que é meu por direito de nascença para comandar.— Rephaim falou rapidamente. Ignorando a dor em seu corpo espancado, ele puxou a energia da mais profunda sombra da noite, e depois canalizou o poder através dele, acusando-a de imortalidade. O ar em torno dele brilhava enquanto tornou-se manchado com um brilho escuro escarlate. —Com o poder imortal de meu pai, Kalona, que semeou o meu sangue e espírito com o poder, eu vos envio a minha … — Suas palavras se quebraram. Sua? Ela não era nada dele. Ela era... ela era... —Ela é a Vermelha! Alta Sacerdotisa Vampira daqueles que estão perdidos,— ele finalmente desabafou. —Ela está ligada a mim através do Imprint de sangue e por dívida de vida. Vá até ela. Fortaleça-a. Atraia-a para mim. Pela parte imortal do meu ser, eu te ordeno isso!
A névoa vermelha espalhada foi instantaneamente, voando para o sul. Voltaria da maneira em que veio. Voltaria para encontrá-la.
Rephaim voltou a contemplar o olhar depois disso. E então ele esperou.
- Spoiler:
- Stevie Rae
Stevie Rae acordou se sentindo como um grande monte de merda. Bem, na verdade, sentia-se como um grande e estressado monte de merda.
Ela havia tido um Imprint com Rephaim.
Ela quase tinha se queimado em cima no telhado.
Por um segundo, ela se lembrou do excelente episódio da segunda temporada de True Blood , onde Goderick tinha se queimado em cima de um telhado. Stevie Rae soltou uma risada. —Isso parece mais fácil na TV.
—O que fez?
—Pelo amor dos cachorrinhos chorões, Dallas! Você me assustou.— Stevie Rae agarrou o lençol branco, hospitalar que a cobria. —O que que você está fazendo aqui no Sam Hill?
Dallas franziu a testa. —Ei, sossega. Eu vim até aqui um pouco depois do anoitecer para verificar você, e Lenobia me disse que seria bom ficar aqui por um tempo no caso de você acordar. Você está terrivelmente nervosa.
—Eu quase morri. Acho que tenho o direito de estar um pouco nervosa.
Dallas olhou instantaneamente arrependido. Ele colocou a pequena cadeira lateral pouco mais perto e pegou sua mão. —Desculpe. Você está certa. Desculpe. Eu estava realmente com medo quando Erik disse a todos o que havia acontecido.
—O que Erik disse?
Seus quentes olhos castanhos endureceram. —Que você quase queimou no telhado.
—Sim, foi realmente estúpido. Eu tropecei, caí e bati com a cabeça.— Stevie Rae teve que desviar seu olhar enquanto falava. —Quando eu acordei, eu estava quase torrada.
—É mentira.
—O quê?
—Poupe esse monte de porcaria para Erik e Lenobia e o resto deles. Aqueles idiotas tentaram matá-la, não é?
—Dallas, não sei do que você está falando.— Ela tentou tirar a mão da dele, mas ele segurou firme.
—Ei.— Sua voz suavizou e ele tocou seu rosto, puxando seu olhar de volta no dele. —Sou somente eu. Você sabe que pode me dizer a verdade, e eu vou manter minha boca fechada.
Stevie Rae soltou um longo suspiro. —Eu não quero que Lenobia ou qualquer um deles saiba, especialmente nenhum dos calouros azuis.
Dallas encarou um longo tempo antes de falar. —Eu não vou dizer nada a ninguém, mas você tem que saber que eu acho que você está cometendo um grande erro. Você não pode continuar protegendo-os.
—Eu não estou protegendo-os!— Protestou ela. Desta vez, ela segurou firme a mão de Dallas, mão quente, tentando convencê-lo através do toque a entender algo que ela nunca poderia dizer-lhe. —Eu só quero lidar com isso — tudo isso — do meu jeito. Se todos souberem que eles tentaram armar pra mim lá em cima, então tudo vai estar fora das minhas mãos.— E se Lenobia agarra Nicole e seu grupo, e eles falam sobre Rephaim? O pensamento doentio era um culpado sussurro na mente de Stevie Rae.
—O que você vai fazer com eles? Você não pode simplesmente deixá-los fugir com isso.
—Eu não vou. Mas eles são minha responsabilidade, e eu vou cuidar deles eu mesma.
Dallas sorriu. —Você vai chutar a suas bunda, né?
—Algo assim,— disse Stevie Rae, desinformada sobre o que ela faria. Então, ela rapidamente mudou de assunto. —Ei, que horas são? Eu acho que estou morrendo de fome.
O sorriso de Dallas mudou para gargalhadas quando ele se levantou. —Agora soa como a minha menina!— Ele beijou sua testa e, em seguida, virou-se para o mini-refrigerador que estava escondido dentro das prateleiras metálicas em toda a sala. —Lenobia me que disse há bolsas de sangue aqui. Ela disse que tão rápido quanto você está curando e tão profundo quanto você está dormindo, você provavelmente acordaria com fome.
Enquanto ele foi pegar as bolsas de sangue, Stevie Rae sentou-se e espiou cautelosamente as costas de seu vestido de hospital, estremecendo um pouco por quão tensa o movimento a fazia sentir. Ela esperava o pior. Sério, suas costas tinham sido queimadas como um hambúrguer quando Lenobia e Erik puxaram-na do buraco que ela tinha feito na terra. Puxada por Rephaim.
Não pense nele agora. Apenas se concentre em...
—Ohminhadeusa,— Stevie Rae sussurrou pasma quando ela encarou o que ela podia ver de suas costas. Não estava mais como hambúrguer. Estava liso. Rosa brilhante, como se ela tivesse começado a queimar, mas suave e com aparência de novo, como pele de bebê.
—Isso é incrível.— A voz de Dallas foi abafada. —Um verdadeiro milagre.
Stevie Rae olhou para ele. Seus olhos se encontraram.
—Você me assustou boa menina,— disse ele. —Não faça isso de novo, ok?
—Vou tentar o meu melhor para não fazer,— disse ela baixinho.
Dallas se inclinou para frente e com cuidado, apenas com as pontas dos dedos, tocou a pele rosa fresca na parte de trás de seu ombro. —Será que ainda dói?
—Não realmente. Eu estou apenas um pouco dura.
—Espantoso,— repetiu ele. —Quero dizer, eu sei que Lenobia disse que tinha estaria se curando enquanto estivesse dormindo, mas você estava muito machucada, e eu não esperava nada assim...
—Quanto tempo eu estive dormindo?— Ela o cortou, tentando imaginar as consequências do que Dallas dizia, ela deveria ter estado fora dias e dias. O que pensaria Rephaim se ela não aparecesse? Pior, o que faria?
—Foi apenas um dia.— O alívio inundou-a. —Um dia? Sério?
—Sim, bem, o crepúsculo foi um par de horas atrás, então você tecnicamente dormiu durante mais de um dia. Eles trouxeram você de volta aqui ontem, após o nascer do sol. Foi muito dramático. Erik dirigiu o Hummer pelo terreno, derrubou um muro e pisou em linha reta para o celeiro de Lenobia. Então nós ficamos como loucos para levá-la através da escola até aqui na enfermaria.
—Sim, eu falei com Z no Hummer no caminho de volta aqui, e eu estava me sentindo quase bem, mas depois foi como se alguém apagasse as luzes em mim. Acho que desmaiei.
—Eu sei que fez.
—Bem, isso é uma maldita vergonha.— Stevie Rae permitiu-se sorrir. —Eu teria gostado de ver todo aquele drama.
—Sim— — ele sorriu de volta para ela — —que é exatamente o que eu pensei quando eu estava pensando que você morreria.
—Eu não vou morrer,— disse ela com firmeza.
—Bem, eu estou contente de ouvir isso.— Dallas inclinou, colocando a mão em concha no queixo dela, e beijou-a carinhosamente nos lábios.
Com uma reação estranha, automática, Stevie Rae empurrou para longe dele.
—Uh, à respeito daquela bolsa de sangue?— Disse ela rapidamente.
—Oh, sim.— Dallas deu de ombros fora de seu rechaço, mas seu rosto estava estranhamente rosa, quando ele entregou-lhe a bolsa. —Desculpe, eu não estava pensando. Eu sei que você está magoada, e já não sinto como, eh, bem, você sabe...— Sua voz se apagou, e ele parecia super desconfortável.
Stevie Rae sabia que ela deveria dizer alguma coisa. Afinal, ela e Dallas tiveram uma coisa juntos. Ele foi gentil e inteligente, e ele provou que entendia aquela situação, olhando arrependido, e tipo abaixando a cabeça de uma forma adorável que o fez parecer um menininho. E ele era bonito — alto e magro, com apenas a quantidade exata de músculos e grossos pelos cor de areia. Ela realmente gostava de beijá-lo. Ou ela costumava gostar.
Ela não estava calma?
Uma estranha sensação de mal-estar a impediu de encontrar as palavras que o faria se sentir melhor, então ao invés de falar, Stevie Rae tomou a bolsa dele, rasgou o canto, e elevou-o, permitindo o sangue drenar por baixo para sua garganta e expandir como uma mega dose de Red Bull em seu estômago energizando o resto de seu corpo.
Ela não queria, mas em algum lugar profundo dentro dela, Stevie Rae ponderava a diferença entre o como este normal, mortal, habitual sangue a fazia se sentir — e como o sangue de Rephaim havia sido como um raio de energia e calor.
Sua mão tremia só um pouco quando ela limpou a boca e, finalmente, olhou para Dallas.
—Está melhor?,— Ele perguntou, olhando perturbado pela estranha troca e tal como sua familiar, doce personalidade novamente.
—Eu poderia ter mais um?
Ele sorriu e segurou outra bolsa para ela. —Já, adiante, menina.
—Obrigado, Dallas.— Ela fez uma pausa antes de dar uma golada do segundo. —Eu não me sinto cem por cento certa agora. Sabe?
Dallas assentiu. —Eu sei.
—Estamos bem?
—Sim,— disse ele. —Se você está bem — nós estamos bem.
—Bem, isso vai ajudar.— Stevie Rae derrubou uma bolsa quando Lenobia entrou no quarto.
—Ei, Lenobia — veja a Bela Adormecida finalmente acordando—disse Dallas.
Stevie Rae engoliu a última gota de sangue e se virou para a porta, mas o sorriso de olá que ela havia colocado no rosto congelou em seu primeiro vislumbre de Lenobia.
A Senhora dos Cavalos estava chorando. Muito.
—Ohminhadeusa, o que houve? — Stevie Rae estava tão abalada por ver a professora geralmente tão forte em pranto que sua primeira reação foi caminhar lentamente para a cama ao lado dela, convidando Lenobia para sentar-se com ela, assim como sua mãe costumava fazer quando ela se machucava e vinha chorando para ser apaziguada.
Lenobia deu vários passos desajeitados na sala. Ela não se sentou na cama de Stevie Rae. Ela estava de pé e respirou fundo, provavelmente se preparando para fazer algo realmente terrível.
—Você quer que eu vá?— Dallas perguntou hesitante.
—Não. Fique. Ela pode precisar de você.— A voz Lenobia era áspera e espessa, com lágrimas. Ela encontrou os olhos Stevie Rae. —É Zoey. Aconteceu algo.
A sobressaltada de medo Stevie Rae sentiu um tiro nas vísceras, e as palavras brotaram antes que ela pudesse detê-las. —Ela está bem! Eu falei com ela, lembra? Quando estávamos indo embora do depósito, antes de tudo o que luz do dia, a dor e as coisas me pegassem, e eu desmaiei. Isso foi ontem.
—Erce, minha amiga que trabalha como assistente do Alto Conselho, vem tentando entrar em contato comigo por horas. Eu estupidamente deixei meu telefone no Hummer, então eu não falei com ela até agora. Kalona matou Heath.
—Merda!— Dallas ofegou.
Stevie Rae ignorou-o e olhou para Lenobia. O Pai de Rephaim tinha matado Heath! O medo doentio em suas vísceras foi piorando cada vez mais a cada segundo.— Zoey não está morta. Eu saberia se ela estivesse morta.
—Zoey não está morta, mas ela viu Kalona matar Heath. Ela tentou pará-lo e não consegui. Isso a despedaçou, Stevie Rae.— Lágrimas começaram a vazar pelo rosto de porcelana de Lenobia.
—A despedaçou? O que significa isso?
—Isso significa que seu corpo ainda respira, mas sua alma se foi. Quando uma alma de Alta Sacerdotisa é quebrada, é só uma questão de tempo antes que seu corpo desvaneça deste mundo, também.
—Desvanecer? Eu não sei o que você está falando. Você está tentando me dizer que ela vai desaparecer?
—Não,— disse Lenobia irregularmente. —Ela vai morrer.
A cabeça Stevie Rae começou a sacudir para trás e para frente, para trás e para frente. —Não. Não. Não! Só temos que buscá-la aqui. Ela vai ficar bem depois.
—Mesmo se o seu corpo retornar para cá, Zoey não vai voltar, Stevie Rae. Você tem que se preparar para isso.
—Eu não vou!— Stevie Rae gritou. —Eu não posso! Dallas, pegue minha calça jeans e outras coisas. Eu tenho que sair daqui. Eu tenho que descobrir uma maneira de ajudar à Z. Ela não desistiu de mim, e eu não vou desistir dela.
—Isto não é sobre você.— Dragon Lankford falou da porta aberta da sala de enfermaria. Seu rosto forte foi deformado e abatido pela novidade da perda de sua companheira, mas sua voz foi calma e firme.— Tem a ver com o fato de que Zoey enfrentou um sofrimento que ela não poderia suportar. E eu entendo alguma coisa sobre dor. Quando se destrói a alma, o caminho para retornar ao corpo está quebrado, e sem o preenchimento de espírito, nosso corpo morre.
—Não, por favor. Isso não pode estar certo. Isso não pode estar acontecendo— Stevie Rae lhe disse.
—Você é a primeira Alta Sacerdotisa vampira vermelha. Você tem que encontrar a força para aceitar essa perda. Seu povo vai precisar de você,— Dragon disse.
—Nós não sabemos para onde Kalona fugiu, nem sabemos o papel de Neferet em tudo isso— disse Lenobia.
—O que sabemos é que a morte Zoey seria um excelente momento para um ataque contra nós,— Dragon acrescentou.
A morte de Zoey... As palavras ecoaram na mente de Stevie Rae, trazendo choque e medo e desespero.
—Seus poderes são enormes. A rapidez de sua recuperação prova isso,— Lenobia disse. —E teremos todo o poder que pudermos aproveitar para conhecer a escuridão que tenho certeza que vai descer sobre nós.
—Controle a sua tristeza,— Dragon disse. —E substitua Zoey.
—Ninguém pode ser Zoey!— Stevie Rae chorou.
—Nós não estamos pedindo para ser ela. Nós estamos apenas pedindo para você ajudar o resto de nós a preencher o vazio que ela deixa,— disse Lenobia.
—Eu tenho, tenho que pensar,— Stevie Rae disse. —Será que vocês podem me deixar sozinha por um tempo? Eu quero me vestir e pensar.
—É claro,— disse Lenobia. —Nós estaremos na Câmara do Conselho. Junte-se a nós quando estiver pronta.— Dragon e ela deixaram a sala em silêncio, aflitos porém decididos.
—Ei, você está bem?— Dallas se moveu para ela, alcançando suas mãos.
Ela só deixou-o tocá-la por um instante antes de apertar sua mão e retirar-se. —Eu preciso de minhas roupas.
—Eu as encontrei ali naquele armário.— Dallas sacudiu a cabeça para os armários do lado oposto da sala.
—Bem, obrigado,— Stevie Rae disse rapidamente. —Você tem que sair para que eu possa me vestir.
—Você não respondeu minha pergunta,— disse ele, observando-a atentamente.
—Não. Eu não estou bem, e eu não estarei enquanto eles continuarem dizendo que Z vai morrer.
—Mas, Stevie Rae, eu igualmente ouvi sobre o que acontece quando uma alma deixa um corpo — a pessoa morre,— disse ele, obviamente tentando dizer as duras palavras suavemente.
—Não desta vez,— disse Stevie Rae. —Agora vá embora daqui para que eu possa me vestir.
Dallas suspirou. —Eu estarei esperando lá fora.
—Ótimo. Não vou demorar muito.
—Tome seu tempo, menina,— Dallas disse suavemente. —Eu não me importo de esperar.
Mas logo que a porta fechou, Stevie Rae não saltou e se lançou em suas roupas como ela pretendia. Em vez disso sua memória estava muito ocupada folheando seu Manual do Calouro 101 e parando em uma história super-triste sobre a antiga alma despedaçada de uma Alta Sacerdotisa. Stevie Rae não se lembrava o que tinha causado que a alma da sacerdotisa se quebrasse — ela não se lembrava muito sobre a história, na verdade — exceto que a Alta Sacerdotisa tinha morrido. Não importa o que tenham tentado fazer para salvá-la — A Alta Sacerdotisa tinha morrido.
—A Sacerdotisa morreu,— Stevie Rae sussurrou. E Zoey nem sequer é uma real Alta Sacerdotisa madura. Ela era tecnicamente caloura ainda. Como ela poderia esperar para encontrar seu caminho de volta de algo que tinha matado uma Alta Sacerdotisa experiente?
A verdade era que, ela não podia.
Não era justo! Eles passaram todos por tantas coisas difíceis, e justo agora Zoey vai morrer? Stevie Rae não queria acreditar nisso. Ela queria gritar e lutar e encontrar uma maneira de consertar sua MAPS , mas como poderia? Z estava na Itália e ela estava em Tulsa. E, inferno! Stevie Rae não conseguia descobrir como corrigir um monte de calouros vermelhos pés-no-saco. Quem era ela para que pudesse fazer alguma coisa sobre algo tão terrível como a alma de Z separada de corpo?
Ela não poderia ainda dizer a verdade sobre o Imprint com o filho da criatura que fez com que essa terrível coisa acontecesse.
A tristeza tomou conta de Stevie Rae. Ela se apertou, abraçou o travesseiro contra o peito, e, torcendo uma mecha loira ao redor de seu dedo, como costumava fazer quando era pequena, começou a chorar. Os soluços afundaram-na, e ela enterrou o rosto no travesseiro para que Dallas não ouvisse seu choro, perdendo-se para o choque e o medo completamente, em um esmagador desespero.
Exatamente quando ela estava cedendo para o pior disso, o ar ao seu redor se tremulou. Quase como se alguém tivesse rachado a janela do pequeno quarto.
No início, ela ignorou-o, muito perdida em suas lágrimas para se preocupar com uma estúpida brisa fria. Mas isso era insistente. Ela tocou a pele fresca, rosada exposta em suas costas em uma tranquila carícia que foi surpreendentemente agradável. Por um momento ela relaxou, deixando-se absorver o conforto do toque.
Toque? Ela lhe disse para esperar lá fora!
A cabeça Stevie Rae disparou. Seus lábios foram puxados para trás de seus dentes em um rosnado que pretendia visar Dallas.
Não havia ninguém na sala.
Ela estava sozinha. Absolutamente sozinha.
Stevie Rae deixou seu rosto cair em suas mãos. O choque estava deixando-a totalmente louca? Ela não tem tempo para loucuras. Ela se levantou e se vestiu. Ela colocou um pé na frente do outro e foi lá fora e enfrentou a verdade sobre o que havia acontecido com Zoey, e seus calouros vermelhos, e Kalona e, eventualmente, Rephaim.
Rephaim...
Seu nome ecoava no ar, outra carícia fria contra sua pele, envolvendo-a. Não apenas tocando suas costas mas passando levemente no comprimento de seus braços e girando em torno de sua cintura e sobre as pernas. E em todos os lugares a frescura a tocou, foi como se um pouco de seu sofrimento tivesse sido lavada. Desta vez, quando ela olhou para cima, ela estava mais controlada em sua reação. Ela enxugou seus olhos claros e olhou para seu corpo.
A névoa que a cercava era feita de pequenas gotas brilhantes que eram da cor exata que ela viria a reconhecer em seus olhos.
—Rephaim.— Contra sua vontade, ela sussurrou seu nome.
Ele te chama...
—Que diabos está acontecendo?— Stevie Rae murmurou, raiva misturando com desespero.
Vá até ele...
—Vá até ele?,— Disse ela, sentindo-se cada vez mais chateada. —Seu pai causou isso.
Vá até ele...
Deixando a onda de frio acariciar e vermelha de raiva ela tomou sua decisão, Stevie Rae sacudiu em sua roupa. Ela iria até Rephaim, mas apenas porque ele deveria saber algo que ela podesse usar para ajudar Zoey. Ele era o filho de um imortal perigoso e poderoso. Obviamente, ele tinha habilidades que ela não sabia. A coisa vermelha que estava flutuando ao seu redor era definitivamente dele, e ele deve ter feito de algum tipo de espírito.
—Certo,— disse ela em voz alta para a névoa. —Eu vou até ele.
No instante em que ela falava as palavras em voz alta, a neblina vermelha evaporou, deixando apenas a frieza atrasando em sua pele e uma estranha sensação de calma sobrenatural.
Eu vou até ele, e se ele não puder me ajudar, então eu acho — com ou sem Imprint — que vou ter que matá-lo.
Beatriz- Filhos de Erebus
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Re: Queimada - P.C. Cast e Kristin Cast Online
procurei em tudo conte lugar da net ñ achei queimada e agora encontro aqui muitooooo obrigadoo vc é demais ove love surper curiosa pra ler queimada
Convidad- Convidado
Re: Queimada - P.C. Cast e Kristin Cast Online
Eu achei ruim o final do oitavo livro... Pobre damien!
Nefertinny- Prefeitos do conselho
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Re: Queimada - P.C. Cast e Kristin Cast Online
kkk, na verdade tem o resto mas eu não tinha postado pq ninguém demonstrou interesse. Vou postar o restante
Beatriz- Filhos de Erebus
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